Os cinco maiores desperdícios nas empresas
19 de setembro de 2016O que é Design For Six Sigma – DFSS?
1 de março de 2017Frequentemente em minhas classes de Belts sou questionado pelos alunos quanto ao modelo de ensino do Seis Sigma eternizado pela GE de Jack Welch, o famigerado: “Waves of Training” que basicamente constitui-se de um modelo de treinamento onde os futuros Belts são convidados a imergir em 2 semanas de treinamento intercaladas num intervalo de tempo (geralmente quatro semanas), cujo objetivo é aprender dentro destas semanas de treinamento o desdobramento do modelo DMAIC como também a aplicabilidade de ferramentas estatísticas, de liderança e trabalho em grupo, etc.
Entre a lacuna das semanas de treinamento, busca-se desenvolver um projeto nos moldes do Seis Sigma. No entanto, atualmente as organizações raramente se dão ao luxo de abrir mão de um recurso (i.e. mão de obra) em intervalos tão grande de tempo, e então buscam treinar seus novos Belts em treinamentos aos finais de semana, ou em períodos pós jornada de trabalho, importando também não esquecer daqueles que buscam seu próprio desenvolvimento profissional, e não são suportados pelas empresas que trabalham, ou seja, demandam serem treinados em moldes diferentes das “Waves”.
Estes novos parâmetros de desenvolvimento de Belts demandado pelas organizações, ou mesmo por aqueles que buscam seu desenvolvimento pessoal, sempre é questionado quando dialogamos com Belts treinados nos antigos modelos, não cabe neste artigo encontrar a causa raiz dos questionamentos, apenas podemos especular: Deve-se a livros escritos nos anos 90, que apresentaram o “Wave” como o único? Cabe ao “stuck in the past” (Lit. parar no tempo)? Não sabemos, apenas podemos inferir! Também não descaracterizo os moldes de “Wave” nos quais fui treinado e são excelentes.
Fato é que e este questionamento é posto a análise com relativa frequência, e nós da Auctus, como puristas da metodologia acreditamos no modelo de “Waves”, porém praticamos o VoC, ou seja, ouvimos nossos clientes e também trabalhamos conforme a demanda e suportamos nossos clientes conforme as necessidades dos mesmos, oferecendo treinamentos aos finais de semana, pós expediente etc.
Normal em 3d
A pergunta é: Isto é correto? A resposta imediata é: Claro!!!. O Seis Sigma é caracterizado por no mínimo 3 gerações distintas, e alguns (dos quais faço parte!) temos o pensamento que adentramos a quarta geração. Sem praticar sofisma algum, apenas desejamos aclarar aos nossos alunos que, não importa se estamos ou fomos treinados em “Waves”, ou ao longo de um semestre 8 horas/semana, por exemplo, a evolução da metodologia permitiu adaptá-la as necessidades dos Belts, e a absorção de conteúdo é a mesma independentemente do molde de treinamento.
Porém até agora abordamos as perguntas dos alunos com os moldes de treinamento, e não falamos especificamente das Gerações do Seis Sigma. São elas quatro gerações, a SSG1, a SSG2, a SSG3 e a SSG4 (Six Sigma Generation1, 2, 3 e 4).
A SSG1 caracterizou-se pela abordagem estatística em processos de fabricação e pela métrica do DPMO (defeito por Milhões de Oportunidades).
A SSG2 ficou eternizada num modelo para suporte em processos de fabricação e também em serviços, e sua principal métrica era a financeira. O grande expoente desta geração foi a GE de Jack Welch.
A SSG3 adotou ferramentas do Lean e do ToC, buscando gerar valor aos olhos dos clientes.
A SSG4, fatalmente tratará de Industria 4.0, Big Data etc, mas isto ainda está no campo da especulação, e será abordado em futuros posts.
Até lá então!
Escrito por: Marcos Paulo Del Passo