Para os entusiastas da Metodologia Six Sigma®, é extremamente fácil criar um elo entre os nomes da Motorola, com seus dois Engenheiros Mikel Harry e Bill Smith assim como os nomes GE e Jack Welch, ou melhor como alguns críticos sugerem Jack Welch e GE, associando as metas da Metodologia que são resumidamente a redução de variabilidade de um produto atuando no processo do mesmo, buscando a satisfação do cliente através do alto nível de Sigma na medição do output do processo deste produto. Porém a associação do DFSS com estes nomes e metas já não é tão simples.

Após uma breve leitura do parágrafo acima, torna-se evidente que o Seis Sigma atua geralmente em produtos e processos existentes. Com raro uso em novos produtos e processos. Assim surge imediatamente aos praticantes da Metodologia Six Sigma® uma questão nova: O que fazer para novos produtos e processos?

Para respondermos a pergunta faremos uma breve revisão histórica do Six Sigma®.

No final dos anos 80 Bob Galvin à época CEO da Motorola (i.e. 1987) oficializa o programa Six Sigma®, a partir deste ponto algumas corporações começam a praticar o Six Sigma® até que nos anos 90 a GE inicializa seu programa e em 1995 Jack Welch torna mandatória a metodologia a todo o Board da empresa.Na mesma GE um ano após, um pequeno grupo de Engenheiros da área de equipamentos médicos (Bill Berezowitz, Lowry Manson, Steve Fleming and Allen Dembski) começam a trabalhar com um consultor da área de TI, chamado, Maurice Berryman, onde juntos constroem os primeiros esboços dos passos de adaptação do Seis Sigma para desenvolvimento de novos produtos e processos, que ficou conhecido na sequencia como Design for Six Sigma®.

No entanto para que ocorresse a disseminação da Metodologia foi necessário o forte suporte de Stakeholders do nível de Marc Onetto, que ocupava o cargo de Gerente Geral de Seis Sigma e Qualidade na GE, assim como o suporte de Lonnie Edelheit à época Senior Vice Presidente de pesquisa de Desenvolvimento.Após a ideia ter se fixado dentro da GE (e incorporado inúmeras outras “Best Practices”) o DFSS rompeu as fronteiras da GE e se disseminou por outras inúmeras Corporações, adquirindo corpo e forma, permitindo que no final dos anos 90 se tornasse mandatório em Normas de Montadoras e sinônimo de empresas com alto nível de maturidade nas áreas de R&D.

Com este breve histórico encerramos nosso Post inicial de DFSS, e iremos imediatamente tratar nos próximos as Ferramentas desta poderosa Metodologia.

Escrito por: Marcos Paulo Del Passo

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